No entanto, será que ainda não existem campos de estudo que
implicam em causas e fenômenos ainda invisíveis e impalpáveis? Não há hoje
espaço para investigar e praticar experiências importantes em assuntos a
princípio ignorados e invisíveis em nossas vidas mas que possuem profundo
impacto na mesma? Partindo do princípio que são métodos científicos o uso da investigação,
da observação, da comparação, da organização e da experimentação, e se pudermos
aplicar estes métodos em objetos de pesquisa e experiências “invisíveis” porém
reais e possíveis de serem controladas trazendo resultados com vistas ao
alcance de um objetivo, não estaríamos assim fazendo ciência com resultados que se
comprovem e possam ser replicados ou reproduzidos por outra pessoa? Mas aonde
estariam estes elementos invisíveis porém reais que não recaiam em
pseudociência ou crenças esotéricas? Em nós mesmos e no Universo.
Todas as ciências antigas filosóficas partiam entre outras
coisas da indicação do Oráculo de Delfos: “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”.
Existem muitas coisas e causas ocultas dentro de nós mesmos, ocultas porque
estão ignoradas, desconhecidas, no entanto podemos nos voltar para dentro de
nós mesmos e lançar perguntas como “porque sou como sou?”, “posso ser melhor?”,
“como superar o que há de prejudicial em mim e criar novas qualidades?”, “como
evoluir a mim mesmo?”. Então entram os métodos científicos: busca de
informação, investigação, observação, comparação, organização e experimentação.
E tudo isto pode ser aplicado na exploração de nosso mundo interno, no
conhecimento e domínio de nossa forma de pensar, de nossos pensamentos e
sentimentos, na relação de causa e efeito que atuam em nossas escolhas diárias,
na educação dos filhos, na humanidade como um todo e que pode ser associado ainda
com outras Leis perscrutáveis como a evolução, a atração, etc. Os resultados
disto podem ser compartilhados e reproduzidos por outra pessoa que queira
alcançar o mesmo resultado, manifestando-se uma ciência puramente introspectiva
e vivencialista.
O conhecimento de si mesmo, das causas que atuam sobre o
homem e sobre o universo que lhe rodeia, continua sendo ainda uma busca do
homem que quer ser mais consciente tanto de si mesmo quanto do mundo em que
está inserido, da relação entre microcosmo e macrocosmo, e esta ciência
continua como há milênios tratando de realidades ignoradas, desconhecidas por
quem vive uma vida mecânica e materialista, portanto é uma realidade oculta
para muitos, e por este ângulo quem se dedica neste estudo continua como há
milênios praticando ciência oculta, já que a grande massa sublevada pela
ignorância, pelo comodismo da existência vulgar e da neofilia, da banalização da vida e do descaso ao progresso moral e espiritual além do material, não a vê ou ignora que exista.
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