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sábado, 6 de agosto de 2011

Leis Eternas

Existe uma predisposição em nós, humanos providos de livre-arbítrio, para fazermos o bem ao invés do mal? Vamos refletir: como nos sentimos ao fazermos o bem e como nos sentimos ao fazermos o mal? Partindo do pressuposto que sim, que somos “feitos” para fazer o bem e que sentimos os efeitos contrários quando fazemos o mal, de onde vem esta imposição natural?
Eis aí a busca pela compreensão das Leis Eternas, leis que sem estarem escritas existem e atuam desde as brumas do tempo e continuarão até o longínquo infinito, por estarem conduzindo a Criação para seu fim último, que por mais que não saibamos seus detalhes, podemos dizer que se trata do equilíbrio e evolução desta Criação. O que determinam e nos dizem estas Leis? Acredito que nos apontam o caminho acertado, nos beneficiando em nossos acertos e nos sancionando nos erros. Algumas destas Leis podemos já conhecer frente aos conhecimentos e experiências que nossa humanidade já adquiriu, tal como a Evolução que é e si uma lei que se impõe à natureza e ao homem, ou a Causa e Efeito que muito além de servir apenas à física também se mostra aplicável nas atitudes dos homens ao longo da história e mesmo nas pequenas coisas de nossa vida pessoal.
Filósofos como Sócrates e Platão afirmavam que devíamos escolher o caminho das virtudes, da justiça e do bem, e nos apartarmos da ignorância e do mal, e isto nos mostra como as mentes observadoras e sensíveis captam os pressupostos das Leis Eternas. Também na filosofia hermética encontram-se muitas referências e estas Leis, tal como nos ensinamentos atribuídos a Hermes Trismegistos contidos no livro intitulado “O Caibalion”, aonde podemos encontrar sete princípios que seriam tal como as Leis Eternas, sendo que dentre estes princípios estão os de Mentalismo, Correspondência, Vibração, Polaridade, Ritmo, Causa e Efeito, Gênero.
Acredito particularmente que a Grande Inteligência Universal é justa e perfeita, e sendo assim a partícula divina que há em nós, nosso espírito, sendo consubstancial ao que lhe deu origem, seja por isto atraído por esta força de justiça e perfeição, tal como a agulha da bússola é atraída para o norte, e isto é o que nos faz pressentir o que é o bem e o que é o mal, nos incumbindo de desbravar os obstáculos rumo à conquista deste fim, vencendo a ignorância e os erros, na medida em que se reflete no aperfeiçoamento da nossa forma de pensar e de agir, no maior acerto das escolhas que fazemos. Destas forma as Leis Eternas, como mantenedoras da harmonia, equilíbrio e evolução de toda a Criação, traçam a rota para que a nossa partícula divina, tendo partido de sua origem, possa também alcançar seu fim e fazer-se digna do Todo.