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quarta-feira, 22 de maio de 2013

MORAL

Nós humanos somos um ser moral devido a existência em nós da consciência, através desta buscamos distinguir o que é certo e o que é errado, o que é o bem e o que é o mal, e quanto maior é o desenvolvimento, a evolução desta consciência, maior é o discernimento que temos a respeito. Se você acredita que além de um ser moral somos também um ser espiritual, eu sou convicto disto, então devemos também refletir sobre a importância que é o desenvolvimento do ser moral como uma etapa necessária para dar início ao desenvolvimento do ser espiritual, pois o desenvolvimento do ser moral está ligado às virtudes e a inteligência, ao desbaste da pedra bruta do ser social ao mesmo tempo em que vai criando em si mesmo condições propícias para o desenvolvimento de inquietudes, reflexões e conhecimentos de ordem transcendente para a vida.

Nesta busca a humanidade tem e já teve caminhos oferecidos, como os sistemas religiosos. Os sistemas religiosos pressupõem-se sistemas morais, mas a moral neste sentido difere de religião para religião, de cultura para cultura. Então o que é a verdadeira moral? Kant (1724-1804) mostra a preocupação da filosofia com esta questão na busca de uma moral que não seja dogmática, que não esteja atrelada a interesses institucionais ou crenças sem razão, Kant afirmava que princípios morais devem surgir da razão prática, a filosofia nesta época estava preocupada com uma moral universal. Também era relativamente recente e ainda vibravam as primeiras repercussões da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, redigida em 1789, filha do Iluminismo e da Revolução Francesa. Depois de muitas experiências, boas e ruins, do trabalho árduo de livres-pensadores e até mesmo de muito sangue derramado daqueles que desafiavam uma moral que era puramente irracional e fanática, que mantinha o homem nas trevas ao invés de iluminar sua razão e sua consciência, o espírito do homem, a humanidade conseguiu abrir espaço para o entendimento de que moral e razão devem andar juntas.

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